“Se o silêncio é d’oiro”, disse o poeta, “então o silêncio pertence-me”.
Cambada d’imbecis. Para quê perder-me em tempo e atenção convosco? Já fui, nessa oferta, ao ponto de só vos contar histórias breves, às vezes meras anedotas. Mas nem assim: limitaram-se a dizer sim, com um riso acoplado que não era espacial nem nada. (Tudo vos serve a embriaguez, dá para pasmar...) Ou então dizem não, a rigor, como se por obrigação, argumentação, desporto à mesa. Sou o poeta cansado disso: já nem me espanto, e sofro daquela falta de infância que nada tem a ver com a idade.
“Terei de continuar a destruir”, disse o poeta. “Já não suporto divindades, mas ainda pretendo comunhão”.