Pediram-lhe: “olha para trás”. Mostravam-lhe o que tinha sido a sua vida até então.
Ele olhou. No fundo, não queria ver.
Hoje diz: “nunca, em toda a minha existência, eu senti tão grande dor, como nesse momento em que fui obrigado a aceitar aquela visão”.
Tinha sido como crescer de repente. Mas resistira bem.
Foi então também que os personagens paternalistas, translúcidos no céu, lhe deram palmadinhas nas costas e disseram uns para os outros, com evidente satisfação: “é um bom poeta”.