Assim, a pouco e pouco, nesta roda de dizer e ouvir, uma grande assembleia se reune na pequena mesa onde o poeta, actor de hábitos, se encontra instalado, desde manhã cedo. Mas cabem todos, e sempre é algum calor humano que se consegue.
O poeta acende um cigarro (dos tais sempre da mesma marca), atira o fumo para o alto e olha à volta. Grande expectativa. Será que vai falar? Vai, sim. Diz: “Creio que os sou a todos; sou, aliás, o que sou e não sou; oiço as vossas ideias; penso; são boas ideias; chego a acreditar que também me pertencem; gostaria por isso de vos responder com uma sabedoria igual à vossa, mas não me acho capaz de tanto; mesmo assim, escutem-me: talvez possamos rir juntos”.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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11:26 da tarde  

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