O poema é a paciência.
É uma rapariga moderna a quem lêem histórias para acordar. Ela adormece. O poema dá-lhe pontapés, beijos.
Recomeçam. Durante toda a vida, haverá sempre alguém a contar aquelas histórias e sempre aquela rapariga a adormecer por causa delas.
Num dos últimos despertares, haverá também um espelho; ela ver-se-á nele, e ver-se-á velha.
Só o poema perdurará — a memória da suave rapariga no seu coração inesgotável.