E nasceram flores.
— As mulheres querem-se pequenas como as sardinhas — proferiu uma voz alta, na mesa ao lado, um homem velho.
Era o homem de Outubro e Novembro, azedo, ávido leitor de jornais diários.
O poeta estava em Março, Abril, Maio. Lembrou-se de uma manhã distraída em que tinha tentado falar com o outro — esforço que acabara por se revelar inútil: achavam-se irremediavelmente desencontrados, na inteligência, na experiência, nas ambições.
“Deixemo-lo falar”, pensou o poeta. “Ele precisa”.