Fizeram amor ao terceiro dia, em plena loucura de continuarem ainda sem saberem nada. Mas eram seres assim, conhecedores, pelo menos, da claridade dos seus próprios corpos, e a situação nunca poderia ter sido outra.
Fizeram amor a olhar-se nos olhos. Por um instante suspenso na ficção do tempo, impossível se tornou determinar qual era o poeta e qual era a mulher.
Tornaram a olhar-se. Inesperadamente, ambos pensaram: “será amor?”, como nas canções.
Não era, mas tornaram a fazê-lo. Era preciso responder ao silêncio.