FRASES SOLTAS NUM CAFÉ

— Olha, põe essa no caderno e deixas ficar.
— Ana, anda aqui.
— Não queres, não?
— E pagando...
— A primeira...
— É sobre o espírito santo.
— São duas raparigas.
— Digo-te é uma coisa...
— Quinta andou perdido, sexta andou perdido, sábado andou perdido, domingo andou perdido.
— Espera.
— Olha...
— Já vi isso três vezes.
— Uns meninos a beber uma garrafa de whisky pelo gargalo.
— Têm vinte e quatro horas para pagar.
— Ó Costa! Ó Costa!
— E eu...
— ... por causa deles.
— Então o que é que vai?
— Não vi ninguém.
— Meus senhores: muito piolho aqui dentro.
— Quer dizer...
— Eu também não.
— Nem se levantou.
— Imagina a barbaridade...
— Diz o fulano para o outro:...
— Ó pá...
— Outra.
— . : ... ; !?

Não se consegue apanhar uma.
Este fala da tropa, aquele namora, aquela conta um filme.
Outros dois falam do café do pai de um amigo.
O rádio está muito alto.
O ar está cheio de moscas.
Negoceiam-se óculos escuros.
As mulheres usam meias pretas.
O empregado é coxo.
As raparigas fumam.
A cerveja está fresca.
Lá fora faz sol.
O verão está a chegar.
Ninguém se cala.
— Pensam que são os maiores.
— Grande barraca.
“Dezasseis horas e vinte minutos, e está a sintonizar a rádio ...”